quarta-feira, 31 de março de 2010

Acções do MTTN


As Acções idealizadas pelo Movimento Torrejanos de Torres Novas passam todos pela recolha de apoios ou notificação das nossas pretensões. No entanto, estas acções não estão calendarizadas e dependem sempre do evoluir da situação.

Deste modo, estão pensadas 6 fases para a construção do projecto, que apresentamos aqui por ordem cronológica:

1. Recolha de Apoios Institucionais Estatais, para entregar juntamente com a petição, das Câmaras Municipais de Torres Novas, Alcanena, Constância, Vila Nova da Barquinha, Ourém, Tomar, Ferreira do Zêzere, Chamusca, Entroncamento e Golegã;

2. Recolha de Apoios juntamente das entidades competentes para defender o caso na Assembleia da República: os Partidos Políticos com assento parlamentar. Nesse sentido, procuraremos obter apoios junto das Delegações Regionais e Nacionais do Partido Socialista, do Partido Social-Democrata, do CDS – Partido Popular, do Partido Comunista Português (CDU) e do Bloco de Esquerda;

3. Notificação das nossas intenções junto do Ministério da Saúde tentando obter uma reacção à nossa ideia;

4. Notificação e Recolha de Apoios junto da Direcção do Hospital Rainha Santa Isabel e do Centro Hospitalar do Médio Tejo;

5. Recolha de Apoios Institucionais Não-Estatais (escritórios de advogados, seguradoras, estabelecimentos comerciais, etc) e realização de uma petição com o objectivo de recolher pelo menos 5.000 assinaturas;

6. Entrega da Petição anexada com os apoios Institucionais Estatais e Não-Estatais na Assembleia da República.

terça-feira, 30 de março de 2010

Fundamentação de Base

O Movimento Torrejanos de Torres Novas pretende que o Hospital Rainha Santa Isabel (Torres Novas), enquadrado no Centro Hospitalar do Médio Tejo, volte a ter maternidade para que os nossos descendentes voltem a nascer na bela cidade de Torres Novas, tal como aconteceu até há pouco tempo atrás.

Torres Novas, uma cidade em crescente desenvolvimento, com infra-estruturas, serviços e acessibilidades notáveis, viu-se sem maternidade devido a uma lógica gestora do Hospital que é um serviço público de utilidade geral que deve servir de forma continuamente positiva a sua população abrangente.

Retirar a maternidade de Torres Novas foi um acto criminoso.

Apresentamos de seguida a fundamentação de base com que o Movimento se sustenta:

1. Vontade da População: Em primeiro lugar, o mais importante será a vontade da população que, ao longo dos anos se manifesta contra o encerramento da maternidade que foi promovido em Torres Novas. Esse descontentamento terá que passar das palavras às acções e, consequentemente, a voz da população traduzir-se-á na forma de uma petição;

2. Pólo Dinamizador: A cidade de Torres Novas tem-se desenvolvido nos últimos anos de forma assombrosa tendo-se equiparado (ou até ultrapassado) à cidade de Santarém, capital de Distrito, em muitos dos índices de desenvolvimento social, e apresentando um óptimo clima de acolhimento quer da sua população quer da sua apresentação urbanística. A extensão do Concelho de Torres Novas não acontece apenas fisicamente e a cidade tem crescido muito mais que os concelhos envolventes, tornando-se um pólo de concentração para a população de muitos concelhos. Aproveitar essa dinamização de forma a não deixar que a cidade morra aos poucos passa também por um Hospital com o maior número de serviços para prestar à sua população, tal como a maternidade. Felizmente, desde o dia 25 de Abril de 1974, as pessoas em Portugal podem lutar pelos seus direitos, principalmente no que toca aos três serviços públicos essenciais: educação, justiça e saúde;

3. Centralização: Além da já referida centralização e dinamização no distrito e concretamente em relação aos concelhos envolventes, Torres Novas fica situada numa zona privilegiada em relação a qualquer outra cidade da região em termos de acessibilidades, pois fica encostada ao nó da A23 com a A1 e IP1 e dos acessos à A15, A8 e IP6. Este privilégio poderá ter 2 vertentes: numa complicação de parto em que seja preciso levar a doente para outra maternidade (Lisboa, por exemplo) visto que Torres Novas fica mais perto dessas acessibilidades do que Abrantes, e, no inverso, alguma grávida que esteja de passagem pela região, terá mais facilidade, comodidade e rapidez em chegar a Torres Novas numa comparação com Abrantes.

4. Infra-estruturas e Serviços: Como já foi referido, a cidade de Torres Novas tem apostado no desenvolvimento e melhoria das suas infra-estruturas e serviços. A exemplo disso são a requalificação de algumas zonas como o Jardim das Rosas, a construção de vários edifícios como a Biblioteca Municipal, as Piscinas Municipais, o Mercado Municipal, o Torreshopping, o TorresFórum, inúmeros hipermercados que se têm instalado na cidade, a construção de edifícios desde a Quinta da Silvã até ao projecto Beira-Rio, o viaduto de Rio Frio, entre muitos outros. Entre os restantes está, inclusive, o Hospital Rainha Santa Isabel que, devido às suas condições e à sua recente construção, está a ser desperdiçado de forma inconsciente por não ter maternidade quando, no Hospital velho sempre teve este serviço. Portanto, aproveitar uma obra nova, cara e com condições é um critério justo e racional para a implementação da maternidade em Torres Novas;

5. Torres Novas vs Abrantes: O último critério a analisar será, sem dúvida, dos mais relevantes e refere-se ao facto do Hospital de Torres Novas com maternidade não beneficiar apenas, logicamente, os habitantes deste concelho. Na verdade, os Munícipes de Alcanena, Vila Nova da Barquinha, Golegã, Ourém, Constância, Tomar, Ferreira do Zêzere, Chamusca e Entroncamento também sairiam beneficiados devido à sua maior proximidade de Torres Novas em comparação com Abrantes, como demonstra a tabela abaixo apresentada:




Ou seja, como a tabela demonstra:

• Além de Torres Novas outros 8 municípios teriam a ganhar com a maternidade de Torres Novas. Na verdade, 7 teriam vantagens inegáveis enquanto Constância fica quase 5km mais longe de Torres Novas do que de Abrantes o que, em termos práticos, é irrelevante. Ainda para mais, tendo em conta que a comparação foi feita apenas entre Torres Novas e Abrantes, não foi seleccionado o Município de Ourém que dista 28.1 km de Leiria e apenas 25 km de Torres Novas. Ou seja, a maternidade de Torres Novas traz benefício a outros 9 concelhos vizinhos e o de Torres Novas. No total, a maternidade de Torres Novas seria proveitosa para 10 concelhos, 90 freguesias, 202.715 habitantes e abrangeria uma área total de 2314.34 km2;

• 7 dos 8 concelhos referenciados no quadro ficam mais perto de Torres Novas do que de Abrantes, à excepção, como já foi referido, de Constância sendo que a diferença é residual. De facto, esse é o único concelho mais próximo de Abrantes do que de Torres Novas e apenas por 4.8 km, enquanto dos outros 7 concelhos o que demonstra menor diferença entre os dois hospitais é Vila Nova da Barquinha que fica 14.2 km mais próxima de Torres Novas do que de Abrantes;

• No total, os 8 concelhos somam uma distância a Torres Novas de 157.7 km e distam de Abrantes 294.7 km, uma diferença de 137 km. Em média, para cada habitante destes concelhos, é necessário fazer 19.7 km para chegar a Torres Novas enquanto para ir a Abrantes é preciso percorrer 36.8 km, praticamente o dobro (17 km a mais). Ou seja, ironicamente podemos dizer que para estas pessoas ir das suas terras a Torres Novas e voltar é praticamente a mesma distância da viagem apenas de ida para Abrantes.


Estes são os cinco pontos essenciais que levará o Movimento Torrejanos de Torres Novas a seguir em frente com este projecto de devolver à cidade de Torres Novas a sua maternidade.

Contamos com o seu apoio!